Embora outras aplicações não sejam descartadas, a tubagem TOM^® é especialmente indicada para instalações enterradas.

Neste artigo, gostaríamos de proporcionar a informação e os pontos necessários para estudar corretamente o dimensionamento das valas:

Escavação:

Para este artigo e para fins de cálculo, vamos considerar o caso da instalação mais comum: Instalação em vala ou aterro. Os dados necessários são:

• Altura da cobertura acima da geratriz superior do tubo, H, em metros.
• Largura da vala ao nível da geratriz superior do tubo, B, em metros. No caso de instalação sob terraplenagem, considera-se B ≥ 4 DN.
• Ângulo de inclinação das paredes da vala, β, em graus.

Regra geral, quando não houver tráfego, a geratriz superior da tubagem estará a uma profundidade mínima de 0,6 metros, ampliada no caso de tráfego rodoviário a uma profundidade mínima de 1 metro, uma vez verificada pelo cálculo correspondente, de acordo com o pior cenário possível. As larguras mínimas das valas serão baseadas no seu diâmetro nominal e profundidade:

Características de apoio e relação de projeção:

O fundo da vala deve garantir um apoio homogéneo, uniforme e firme em toda a extensão da tubagem. Os dados a conhecer são o ângulo de apoio, 2α, em graus, e a relação de projeção. Por exemplo, para efeito de cálculo podem ser considerados dois tipos:

TIPO 1: O apoio consiste numa cama contínua de material granular compactado sobre a qual repousa o tubo. A cama de apoio deve ter uma compactação uniforme em todo o seu comprimento e envolver o tubo de acordo com o ângulo de apoio 2α. A relação de projeção para este tipo de apoio é Pj = 1.

Em suma, e para um ótimo comportamento da instalação, deve ser criado um leito ou cama de areia (ou outro material granular fino) com uma espessura entre 10 e 18 cm sobre o qual o tubo se apoie. A tubagem nunca deve repousar diretamente sobre rochas ou pedras grandes.

TIPO 2: Neste tipo de apoio, o tubo repousa diretamente sobre o fundo da vala ou sobre o solo natural, quando se trata de uma instalação sob terraplanagem.

Será utilizado apenas em solos arenosos livres de torrões e pedras. Uma vez instalada a tubagem, adiciona-se um enchimento selecionado, compactando-se em ambos os lados do tubo, garantindo o ângulo de apoio 2α. A relação de projeção para este tipo de apoio é Pj = 1.

Uma vez os tubos colocados na linha central da vala e as uniões executadas, procede-se ao enchimento em ambos os lados do tubo. O aterro será feito por camadas compactadas com espessura não superior a 15 cm, mantendo constantemente a mesma altura em ambos os lados do tubo, até atingir o seu topo, o qual deve ver-se. O grau de compactação deve ser superior a 95% Proctor Normal. O grau de compactação a ser obtido será o mesmo que o da cama. Deve-se ter especial atenção para que não fiquem espaços não preenchidos debaixo do tubo.

Procede-se ao enchimento da vala, até uma altura de trinta centímetros acima do topo do tubo, com enchimento selecionado. Compacta-se com um pistão leve ambos os lados do tubo e deixa-se sem compactar a zona central em toda a largura da projeção horizontal da tubagem.

A partir daí, pode usar-se para o enchimento terras procedentes da escavação, compactada em camadas sucessivas de altura não superior a 20 cm e com um grau de compactação 100% Proctor Normal.